quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

..:: THE ADVENTURES IN PARÁ ::..

CAPÍTULO VII – RADIADORES E DINOSSAUROS

Os crocodilos derramam lágrimas quando devoram suas vítimas. Eis aí sua sabedoria.
Sir Francis Bacon


Eis mais uma aventura que não esquecerei tão cedo.
Após ir para a Ilha de Marajó, fui incumbido de ir para a cidades de Curuçá e Marapanim, na região litorânea do Pará. Ambas ficam aproximadamente 250 quilômetros de distância da capital Belém.
Curuçá é no norte do Pará, (que já é no Norte, então imaginem o quão norte isso fica); é uma cidade com uns 30 mil habitantes, mais ou menos, e a impressão que se tem ao chegar lá é que passamos por um túnel do tempo.
A cidade é repleta de imagens típicas dos anos 50, como se tivesse estacionado no tempo, a começar pela prefeitura e outros prédios.
A população é como toda outra de qualquer lugar do Pará; acomodada, adora uma rede e um açaí. A cidade também pára às 12 horas e só recomeça a funcionar às 16 horas.
Bom, agora vamos falar de Marapanim: copie tudo que eu escrevi sobre Curuçá e cole abaixo!!!
A visita a essas cidades foi interessante e tudo mais, mas foi na volta pra casa (somo sempre) que a aventura atingiu seu ápice.
A estrada que liga Marapanim à estrada principal que dá acesso à Belém é repleta de curvas. Estava eu completando uma das curvas da estrada (que não é a de Santos hehe) quando vi logo a frente um cão. Imaginem um dogue alemão... Imaginaram? Jogaram no Google para ver o que é um dogue alemão? Pois é!!! O cachorro que estava na estrada, logo a frente não era um, mas era do mesmo tamanho de um! Eu reduzi minha velocidade para desviar dele, porém, ao desviar o cachorro infeliz com sua vida resolve fazer do meu carro a arma para sua morte. O pônei cachorro simplesmente se atirou na frente do meu carro.
Meu deus, foi uma das situações mais horríveis pela qual eu passei, afinal nunca tinha atropelado um cachorro, ainda mais daquele tamanho. Senti o corpo do cachorro batendo sob o carro.
Parei imediatamente. Quando desci do carro ainda pude ver o cachorro rolando pra fora da estrada, e imediatamente fui pra frente do carro ver o estrago que ele tinha causado à parte frontal do meu automóvel (que na verdade não era meu!).
Por sorte, não houve NENHUM amassado! Vibrei de alegria por mim e pelo carro... foi temporário. Ao prestar mais atenção, notei que embaixo do carro tinha uma poça d’água incrivelmente grande, como se toda a água do carro tivesse vazado. Ao abrir o capô do carro, constatei: TODA A ÁGUA DO CARRO TINHA VAZADO!!!. O pavor chegou novamente à minha vida.
Ao olhar pra trás notei que os moradores próximos estavam se aproximando, mas ao contrario do que eu pensei, eles vinham agressivos e me criticando por eu ter atropelado o pobre cão. Imediatamente entrei no carro antes de levar algumas terçadas e enxadadas na cabeça.
Quando notei que a temperatura do carro estava aumentando drasticamente parei e bati numa casa pedindo uma garrafa de água para colocar no carro. Para a minha tristeza a azar toda água colocada caía direto no chão. Esperei o carro esfriar um pouco mais e fui até um posto de gasolina que havia mais a frente (o único pra falar a verdade, afinal naquele fim de mundo, era eu, a estrada e floresta por todos os lados) para pedir ajuda e informação de algum mecânico na redondeza.
Lá coloquei mais água no carro e me informaram que uns três quilômetros a frente havia um mecânico.
Chegando no tal mecânico fiquei de queixo caído, pois a “oficina” do cara era de palha, e o único carro que tinha parado lá era um Lada Laika, o que me fez concluir que ele jamais ia conseguir arrumar um radiador estourado de uma Palio Adventure. Dito e feito, ele apenas me aconselhou a ir com o carro sempre na “banguela” e quando esquentasse demais, que eu parasse o carro e ligasse o ar condicionado para auxiliar no resfriamento do radiador.
Passado uns 10 quilômetros naquela situação o carro esquentou e eu parei, e liguei o ar condicionado, conforme ele havia me dito que era pra fazer... deixei uns 20 minutos de ar ligado em meio a uma escuridão total, já que já era 20:30. o problema é que quando fui ligar o carro, além do radiador estar estourado, a bateria também acabou, devido o tempo que o ar condicionado ficou ligado.
Desci do carro e fui procurar um orelhão no meio da selva amazônica, já que como se não bastasse tudo o que já tinha acontecido, meu celular ainda ficou sem bateria! Achei um orelhão uns 200 metros a frente. Para a minha desgostosa surpresa o telefone não funcionava.
Consegui fazer o caro pegar “no tranco” e segui mais a frente até uma lanchonete que havia no meio do nada. Lá finalmente consegui ligar para pedir ajuda da cidade grande; ajuda essa que chegou 2 horas depois da minha ligação. Da hora que eu atropelei o cachorro – às 17:45 – até a hora de chegar em casa rebocado por outro carro – 02:45 – foram incríveis 9 horas de empenho nessa aventura que terminou com o carro na oficina para consertar o estrago e com o pesar em minha consciência por matar um cão que não tinha culpa de nada, mas que ocasionou toda essa história.

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CAPITULO VI – COMPÊNDIO LEXICOGRÁFICO DE PRATOS TÍPICOS (PARTE 2)

Provar as culinárias regionais durante as viagens é uma
saborosa maneira de se aproximar da cultura da região.
Anônimo



Maniçoba A maniçoba, também conhecida como feijoada paraense, é um dos pratos da culinária brasileira, de origem indígena. O seu preparo é feito com as folhas da maniva/mandioca (Manihot utilíssima) moídas e cozidas, por aproximadamente uma semana (para que se retire da planta o acido cianídrico, que é venenoso), acrescida de carne de porco, carne bovina e outros ingredientes defumados e salgados.
Comentário: Logicamente não comi! Imagina, pra que eu vou comer uma folha que contém um ácido super tóxico que precisa ser cozinhada sete dias seguidos e sem parar pra tirar o veneno se eu posso comer o bom e velho feijão que não é tóxico, é bem melhor e não tem aspecto de água de esgoto com fungo?!!!

Pato no tucupi – Constituído de pato, tucupi e jambu. O tucupi é um caldo amarelo extraído da mandioca e por isso precisa ser cozido durante uma semana. O pato, depois de assado, é cortado em pedaços e fervido no tucupi, onde fica de molho por algum tempo. O jambu é fervido em água com sal, escorrido e posto sobre o pato. É servido com arroz branco e farinha de mandioca.
Comentário: ruim não é, mas o tucupi, por sua natureza picante tira o verdadeiro sabor de tudo, mas vale a degustação.

Tacacá De origem indígena, é um mingau quase líquido, servida em cuias e vendida pelas "tacacazeiras", geralmente ao entardecer, na esquina das principais ruas das cidades paraenses, sobretudo Belém. É constituído de uma mistura que leva tucupi, goma de tapioca cozida, jambu e camarão seco.
Comentário: Eca! Parece que já foi comido e regurgitado. Além da goma que tem um aspecto extremamente nojento (uma espécie de bola de sagu tamanho gigante) o bom do prato, que é o camarão, é o que vem em menor quantidade.

Caju – O caju é muitas vezes tido como o fruto do cajueiro (Anacardium occidentale) quando, na verdade, trata-se de um pseudofruto. O que entendemos popularmente como "caju" se constitui de duas partes: o fruto propriamente dito, que é a castanha; e seu pedúnculo floral, o pseudofruto, um corpo piriforme, amarelo, rosado ou vermelho.
Comentário: bom, eu adoro caju! Acho super bom e só tenho elogios, apesar dele travar a língua como um marmelo.


Abiu – É encontrado em estado silvestre por toda a Amazônia e cultivada em quase todo o Brasil. O abiu é uma fruta encontrada em árvore de porte médio a alto, de 3 a 10 metros de altura. Em estado silvestre, pode atingir até 20 metros. Possui uma copa bem diversificada com ramificações amplas e diâmetro de até 17 metros. As folhas exsudam um látex branco quando cortadas.
Comentário: Doce, extremamente doce! Imaginem comer açúcar de colher! É muito gostoso mas é doce ao extremo.


Uxi – (Endopleura uchi) é uma árvore alta da família das humiriáceas, nativa da Amazônia, de tronco reto e liso, casca cinzenta, madeira de boa qualidade, folhas denteadas e drupas comestíveis, com sementes oleaginosas. Também chamada de uxipuçu. é utilizada para se comer ou para a produção de óleos.
Comentário: Não comi a fruta. Comi um sorvete de uxi e pelo sabor do sorvete a fruta tende a ser boa.

Bacaba – A bacaba é uma palmeira nativa da Amazônia. Distribui-se por toda Bacia Amazônica, com maior freqüência no Amazonas e Pará. Possui como habitat a mata virgem alta de terra firme.
É uma palmeira monocaule de porte alto, estirpe liso. Pode atingir até 20 metros de altura e 20 a 25 cm de diâmetro.
Comentário: não conheço e nunca vi. Quem me falou dele foi minha ex-namorada e aparentemente é bem popular.